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Aspectos metabólicos e a influência da atividade física na gênese da obesidade

tendências no aumento da obesidade acontecem de forma paralela á redução na prática de atividade física e no aumento do sedentarismo.

Evidências mostram que o aumento excessivo de peso costuma estar associado muito mais com uma atividade física reduzida, do que com uma maior ingestão calórica (McARDLE, KATCH; KATCH, 1998) (23).

Vários aspectos conceituando a obesidade em conseqüência de alterações metabólicas têm sido estudadas e descritas na literatura. Esse estudo contribui para o conhecimento científico dos ligados ao tratamento da obesidade. É fundamental para a melhoria do estilo de vida da população ajudando a definir estratégias de ação para prevenção, tratamento e controle da obesidade e de suas comorbidades.

OBJETIVO

Revisar na literatura quais aspectos metabólicos estão envolvidos na gênese da obesidade. E de forma específica como os hábitos alimentares saudáveis a prática regular de atividade física auxiliam na manutenção do peso ideal e no controle da obesidade.

METODOLOGIA

O estudo feito foi uma pesquisa exploratória realizada por meio de Revisão Bibliográfica.

Para a pesquisa foram utilizados bancos de dados eletrônicos: da Scientific Electrônic Library Online (SCIELO) e da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), por meio do portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Sendo que, as palavras chaves utilizadas no formulário avançado incluíram uma combinação dos seguintes termos: obesidade/taxa metabólica/ atividade física e nutrição.

Para o levantamento Bibliográfico foram utilizadas publicações disponíveis on line dos últimos 18 anos (de 1991 a 2009) como: artigos de revistas conceituadas na área de Saúde, livros, capítulos de livros, anais de congressos, e simpósios, publicados no idioma português.

A coleta de dados ocorreu no período de junho a agosto de 2009 da seguinte forma: primeiramente a busca foi realizada em conformidade com o tema, sendo descartadas as publicações que apesar de constarem no resultado da busca não apresentavam objetividade ou correlação direta com o tema proposto.

Posteriormente foi feita busca manual de livros da Biblioteca da Universidade Paulista de Ribeirão Preto e de revistas da área de saúde disponíveis nos periódicos da mesma Universidade.

A análise e a seleção dos artigos na íntegra, em forma de impressão foram realizadas num segundo momento, com o auxílio do orientador para verificação do enfoque temático, relevância científica, e autoria das 90 publicações.

Nova leitura foi realizada, de forma criteriosa para extrair o conteúdo utilizado para a redação do texto.

ASPECTOS METABÓLICOS DA OBESIDADE

Com o passar dos anos a pessoa tende a ser menos ativa, ocorrendo também um declínio na taxa metabólica de repouso e do gasto energético. Se o consumo alimentar permanece o mesmo, o gasto energético não é suficiente para gastar a energia consumida. O excesso será então armazenado como energia nos depósitos de gordura (ASTRAND; OLIVEIRA, 2006) (1).

O peso corporal tende a aumentar ao longo dos anos devido a uma redução da prática de atividade física com o passar dos anos. O ganho ponderal de peso é resultado da manutenção da ingestão calórica e na redução da quantidade de massa muscular devidos ao sedentarismo que provocam diretamente uma redução também no balanço energético e o conseqüente acúmulo de gordura corporal (SALVE, 2006) (30).

Existe uma relação direta com a massa corporal total e um declínio do metabolismo basal com a idade. Durante o período de crescimento, o processo anabólico do metabolismo supera o processo catabólico e as alterações degenerativas. Conforme a criança vai ficando mais velha, as necessidades calóricas para o crescimento são reduzidas. Quanto o organismo atinge a maturidade fisiológica, a taxa de alterações degenerativas torna-se maior do que o processo de crescimento (MAHAN L.; ARLIN, 2005) (21).

O envelhecimento ao longo dos anos está associado a uma redução na atividade física e redução na quantidade e na atividade metabólica da massa magra (FERREIRA, 2007) (12). O declínio da taxa metabólica de repouso é cerca de 2 a 3% por década após o inicio da puberdade. Essas alterações na composição corporal podem ser atenuadas pelo exercício, mantendo a massa magra maior e assim a taxa metabólica mais alta (POEHLMAN, 1993 apud MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2008) (22).

As necessidades energéticas também se alteram ao longo dos anos segundo Mahan e Escott–Stump (2008) (22). A avaliação do metabolismo energético é condição importante para se determinar as necessidades entre a ingestão calórica adequada, e o gasto energético para a manutenção do peso corpóreo (SUEN et al, 2007) (34).

Comparando o porcionamento dos alimentos com as necessidades energéticas recomendadas é fácil entender que o consumo atual está acima das necessidades. A dieta na atualidade apresenta características fora dos padrões dietéticos adequados de equilíbrio sendo hipercalórica e também hiperlipídica (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2008) (22).

Ferreira (2007) (12) afirma que vários aspectos biológicos da obesidade envolvendo a genética e o metabolismo tem sido descritos na literatura. Em situações adversas em que há déficit de energia, como na restrição de uma dieta hipocalórica, o organismo aciona mecanismos metabólicos adaptativos, a fim de promover uma redução do gasto energético como estratégia de sobrevivência. Essa adaptação leva o organismo a um novo ponto de equilíbrio, estacionando a perda de peso

O sistema endócrino atua através da produção de compostos denominados hormônios, que são transportados pelo sangue, estudos verificaram que mudanças hormonais aliadas à predisposição genética podem levar a uma maior concentração de gordura na região abdominal (DA SILVA et al, 2002) (9).

Inúmeros hormônios como o polipeptídio Y (PYY), grelina, leptina são liberados no sangue, quando os alimentos entram no estômago. A leptina composta pelo conjunto de 167 aminoácidos, é o produto do gene da obesidade secretado pelos adipócitos (FEITOSA et al, 2007) (11).

Cintra et al (2004) (7), afirma que a leptina influência na redução da ingestão alimentar e no aumento do gasto energético por meio da sua ação no hipotálamo, sugerindo que, possivelmente, em indivíduos obesos, exista resistência à ação desse hormônio. A alta concentração plasmática de leptina está parcialmente associada ao tamanho da massa de tecido adiposo presente no corpo (ROMERO; ZANESCO, 2006) (28).

Ainda se têm evidencias que obesos apresentam elevados níveis plasmáticos de leptina, cerca de cinco vezes mais que aqueles encontrados em sujeitos magros. A hiperleptinemia, encontrada em pessoas